sábado, 11 de julho de 2015

Redução da Maioridade Penal
                                                               06 de julho de 2015

Parto do princípio que uma sociedade dividida em classes antagônicas, os conflitos gerados por esse tipo de sistema tendem a se acumular porque a tese é manter as coisas na ótica da repressão, pois uma classe que explora a outra não pode prescindir dessa força para se manter no poder. E afirmo que todos os conflitos sociais estão sob este imperativo. A classe que possui o controle político, social e econômico, que é minoria e representada pelos seus respectivos mandatários farão o possível para condenar, sob uma falsa justiça, aqueles menores que se acham já condenados por essa divisão de classe. Isso, obrigatoriamente se reflete no poder legislativo do país. Em momento algum, houve interesse e tentativa de por em prática aquilo que foi definido anteriormente pela legislação em relação a situação dos jovens e dos jovens infratores. Não foi por falta de legislação e política públicas. Para colocar esses jovens nos mesmos padrões de educação e qualidade de vida daqueles “socialmente bem sucedidos”, precisamos na verdade, construir outra sociedade, pois esta, esta contaminada de egoísmo social e econômico, degradação moral e pouco pode servir como exemplo de recuperação de alguém.
Essa juventude que nasceu desse sistema de sociedade destituída de infraestrutura mínima de dignidade, sem creches em suas localidades, sem moradia, sem escolas em quantidade e qualidade, sem emprego, sem saneamento, sem transporte de qualidade, que sofre com a repressão do estado policial, será duplamente condenada pelos representantes da classe que ajudou sucessivamente cada governo a criar essa degradação em que se encontra nossa sociedade. Não se enganem, pois a luta no legislativo é uma luta claramente de classe. Muitas vezes buscamos compreender o debate legislativo sob a ótica imediatista, mas ela pouco pode responder aos conflitos gerados por um processo de acumulação de capital em que busca transformar o Estado brasileiro em fiador das crises de uma classe social que controla o Estado para atender seus interesses imediatos.Nós deveríamos lutar para aumentar a maioridade penal, para prender e condenar esses velhacos representantes da burguesia que sangram o Estado brasileiro para manter e reproduzir essa política econômica financista e corrupta que se perpetua da mesma forma á varias décadas gerando instabilidade, insegurança, miséria para o povo.
Denunciar as artimanhas que se escondem por trás desses discursos cínicos que afirmam que a sociedade clama pela redução da maioridade penal é dever de todos aqueles que tem compromisso com a verdade. A sociedade na sua maioria deseja mesmo e a muito tempo é uma justiça social e econômica que esse Estado é devedor e que proclama toda vez em quitar essa divida e não o faz.
Aqueles parlamentares que estão resistindo as tentativas de destruir o pouco de democracia que foi conquistado merecem o nosso apoio incondicional através de atos populares para  enfrentarem no congresso as manobras reacionária e conservadores que todo momento aparecem. Devemos ter a perspectiva que a luta se dá em todas as instâncias sociedade, por isso influir nos espaços que temos é positivo para arregimentar soldados para a nossa luta ideológica na medida em que eles só podem reproduzir essa política se ficarmos calados e aceitarmos no nosso meio essas idéias.Conclamo todos a se manifestarem Contra a Redução da Maioridade Penal.


José Luiz Rodrigues Sertã


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