segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Crise Política ou Oportunismo?
                                                                                                            07 de agosto 2015

O senso comum nos diz que, quem financia a corrupção são os grandes empresários através do seu capital, na verdade, quem detém o capital para que essas operações sejam executadas na sua integralidade é o Estado brasileiro com suas verbas astronômicas. Em um artigo na revista época “Capitalismo de Compadrio” está comprovado este fato com dados de investimentos do BNDES em grandes empresas Privadas e Estatais envolvidas em corrupção. O mais alarmante neste artigo está no fato de Estatais e Grandes Empresas Privadas que muito bem poderiam captar financiamento às próprias custas, estarem na lista de contemplados com dinheiro barato do Tesouro Nacional, Fundo de Amparo ao trabalhador, etc. via BNDES, que bem poderiam ajudar com esse dinheiro pequenas e médias empresas que poderiam estar gerando milhares e milhares de empregos, na contramão das empresas financiadas pelo BNDES que pouco emprego gerou comparado com volumoso capital de investimento. O Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sempre foi reconhecido como Banco Estatal financiador a serviço do grande capital, isso desde a ditadura militar, em detrimento dos setores pequenos e médios da economia e da sociedade, não menos estratégicos para o país.
Esse conluio entre Capital e Estado, pune o trabalhador duas vezes, quando o dinheiro dele é intencionalmente mal aplicado e quando o dinheiro, fruto do seu trabalho, não gera empregos no mercado.
Em artigo do meu blog afirmei que é sempre o Estado Brasileiro que tem dado cobertura as grandes empresas para sobreviverem as crises cíclicas do capitalismo. Está na hora de ressuscitar Carl Marx “novamente”(ele foi ressuscitado na crise mundial de 2008) , por que ele tem  muito mais a dizer sobre essas crises econômicas capitalistas.
Não é difícil fazer um levantamento dos setores produtivos da economia que tempos atrás estavam em dificuldades e por falta de apoio e planejamento estatal, simplesmente, foram dizimados por este tipo de política econômica monetarista. Estes setores poderiam muito bem sustentarem parte da economia mantendo empregos e estabilidade produtiva nesse momento de crise mundial. A verdade seja dita, todos os envolvidos diretamente ou indiretamente nesse processo, sejam políticos, administradores tem responsabilidade sobre os desdobramentos desse tipo de política monetarista.
Enquanto políticos, grupos políticos, partidos, aliados ou não ao governo, estiverem manobrando pontualmente com a crise institucional e política, sem abdicarem dos seus interesses e apontar caminhos democráticos e estáveis para o país, ficará constatado mais uma vez que esses movimentos variáveis de instabilidade e estabilidade, é dirigido intencionalmente para adequar estratégias para manterem no poder os mesmos grupos de interesses burgueses na exploração das nossas riquezas.               
O momento é exigir dos setores democráticos que ainda resistem, exercer um papel cívico de manter a estabilidade e ao mesmo tempo exigir mudanças estruturais na economia e na condução do governo através de atos populares. A partir disso, privilegiar investimentos no setor produtivo e na melhoria massa salarial criando uma dinâmica de consumo para o crescimento do país. Não podemos ficar esperando os desdobramentos voluntários ou involuntários dos conflitos e absorvermos passivamente novas regras ditadas por aqueles que querem manter essa política conservadora e excludente, assegurando a tranqüilidade daqueles que já lucram com a crise.

José Luiz Rodrigues

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