Esse Impeachment cheira a golpe
07 Dezembro
2015
Esse momento conturbado
na política Brasileira é tanto de responsabilidade do Governo e Aliados como
também da Oposição Oportunista.
Aqueles que gritam por
democracia nessa conjuntura não trataram de zelar pela integridade da
democracia nos tempos de paz política. Os trabalhadores que cobravam do governo
justiça na hora de fechar a conta do caixa do governo e que pouco se importou
com o desemprego, agora são chamados a lutar por democracia na luta pelo poder.
Sabemos bastante que não
podemos deixar prosseguir este golpe planejado, da mesma forma sabemos que
devemos exigir desse governo que entregue a fatura a aqueles que sempre
ganharam tanto na bonança como continuam ganhando com a crise. Que eles paguem
porque muito dessa riqueza é fruto do trabalho dos que fazem e contribuem para
o Estado servir o processo produtivo e financeiro desses capitalistas.
Os que participam do
golpe já trataram de tranqüilizar o setor financeiro com sua cartinha de boas
intenções, mas o silêncio é mortal na hora de explicar o que virá, o que poderá
ser feito de concreto, o que se está fazendo e quais os compromissos com o
futuro do país.
O populismo do presente
governo que bebeu da mesma fonte da república burguesa representativa, modelo
este, que criou um abismo entre o representante e o representado, faliu e não
deixou nada de bom para colocar no lugar. Agora estamos a deriva, esperando o
grande líder chegar, aclamado por um seleto grupo de oportunistas e que devemos
esperar as ordens de como devemos no comportar de forma passiva para prosseguir
a exploração de forma diferente, mas de mesmo conteúdo político.
Governo, Aliados e
Oposição trataram de usar e abusar desse modelo de representação que já mostrava que era para enganar o eleitor
que acredita que só o voto transforma um corrupto em representante digno.
Alguns são políticos sérios mas, o modelo engessa qualquer iniciativa isolada.
Transformar esse momento, cheios de propostas
políticas vazias, caducas e oportunistas em um momento cívico, conclamando o
povo a ir para ruas e garantir uma mudança para valer e não deixando as coisas
importantes para o país serem tramadas nos gabinetes golpistas, deve ser o lema
de quem tem compromisso sério como o destino da nação.
José Luiz Rodrigues (rsertan@gmail.com)